A mística do encontro partiu da riqueza cultural do Vale do Jequitinhonha-MG e da realidade da migração para o corte da cana. Passou pelas diferentes realidades dos migrantes que vivem nas cidades e dos imigrantes que vivem no Brasil.
Os temas desenvolvidos neste coletivo tiveram como objetivo apresentar temáticas que envolvesse os três setores do SPM.
Setor Temporários: Desenvolvimento Sustentável e Solidário
Facilitador Arivaldo José Sezyshta, equipe da Paraíba. Desenvolvimento Sustentável e Solidário implica numa mudança de paradigma. Representa uma nova mentalidade que nasce das bases e aponta para um Brasil diferente. Tal proposta faz crítica ao sistema capitalista, por sua característica essencialmente predatória. Mas ainda é uma bandeira em construção. Porém é também uma proposta em disputa, na medida em que as empresas já reivindicam para si o papel de produzir tal desenvolvimento sustentável. Por isso, é preciso sistematizar as experiências de base, ampliando sua visibilidade e força política para contrapor discursos dirigidos para confundir o povo. O Desenvolvimento Sustentável e Solidário não deve ser entendido desde uma visão meramente economicista: há o aspecto político, cultural, ambiental.
de Padre Alfredo) – Facilitadora: Professora Janete Romano –Goiás. Em continuação, Pablo Fernandez, doutorando da IESA/UFG, fez uma interessante contribuição com o tema “As imagens dos imigrantes nas metrópolis: Nova Yorque e São Paulo”. Segundo ele, a metrópole é vivida pelo migrante como lugar de encontro e desencontro. Os migrantes deixam marca na cidade, através da invenção do mundo e de si mesmos. Observou, também, que o Relatório da ONU PNUD, salvo outras colocações, pecou ao ver a migração como problema. TV e educação estão “emburrecendo” a população. É tempo de refletir e debater a complexidade do urbano, antes de um agir precipitado.
Ainda na parte da tarde, o prof. Orley, de Goiás, fez uma interessante exposição sobre juventude, a partir de sua experiência na área da educação. Acentuou a importância de resgatar a corporeidade, pois eu “sou meu corpo”. É através dele que ocupo o espaço. Mas hoje a maioria jovem está sem espaço. Hoje existem “juventudes” e não apenas juventude. Como as diferentes juventudes migrantes tem vivido os desenraizamentos e os re-enraizamentos?
Setor Imigrante: “Cidadania Universal” - Facilitador: José Carlos Alves
Pereira (Carlinhos), trata do tema a partir do texto de Rossana Rocha Reis. Carlinhos mostrou, a partir dos casos do Vale do Jequitinhanha-MG, como a migração internacional está diretamente vinculada à migração interna. A partir das entrevistas feitas com migrantes e familiares, falou da “indústria da migração” que funciona via agenciadores e, inclusive utilizando laços de solidariedade dos migrantes. A construção do conceito de cidadania teve longa trajetória histórica. Hoje a luta é por “cidadania universal”, não apenas nas relações inter-fronteiriça, mas em relação a um novo modelo de desenvolvimento. Hoje o déficit democrático é imenso e supõe diálogo entre os diferentes e o Estado.
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