Governos devem preparar centros urbanos para receber as novas populações, diz sul-africano especialista em favelas que participou do 5º Fórum Urbano Mundial, no Rio
terça-feira, 30 de março de 2010
Pobres não são estúpidos ao migrarem para as cidades
quinta-feira, 25 de março de 2010
Audiência com Ministro sobre Lei de imigração
segunda-feira, 22 de março de 2010
Milhares fazem protesto por reforma migratória nos EUA
Enquanto o Congresso americano debatia a reforma do sistema de saúde, milhares de manifestantes se reuniam em Washington para cobrar a realização de uma outra reforma, a das leis sobre imigração.
sábado, 20 de março de 2010
Nota de Repúdio
À Prefeitura Municipal de Ji-Paraná:
Nós, entidades abaixo referidas, viemos por meio desta manifestar nosso repúdio à atitude da Prefeitura Municipal de Ji-Paraná em relação à Conferência Municipal das Cidades de nosso município. Em reunião no dia 2 de março, a Comissão Recursal de Validação/Metodologia e Sistematização, decidiu por invalidar a suposta conferência realizada pela Prefeitura, alegando o desrespeito à garantia de participação popular da sociedade ji-paranaense em todas as etapas da Conferência.
Graças à atitude irresponsável da Prefeitura, Ji-Paraná, a segunda cidade mais populosa de Rondônia, ficará sem representação na Conferência Estadual das Cidades, que acontecerá nos dias 7, 8 e 9 de abril, em Ouro Preto d”Oeste, e na IV Conferência Nacional das Cidades, prevista para os dias 24 a 28 de maio, em Brasília. Importante fórum para debater as problemáticas das cidades brasileiras e propor políticas públicas adequadas às realidades municipais, neste ano de 2010, a Conferência Nacional tem por lema “CIDADE PARA TODOS E TODAS COM GESTÃO DEMOCRÁTICA, PARTICIPATIVA E CONTROLE SOCIAL”
De acordo com o Ministro das Cidades, Sr. Marcio Fortes de Almeida, o processo desencadeado em 2003, desde a I Conferência Nacional das Cidades, é uma “a oportunidade de levar à administração pública a tradução da vontade popular de discutir as cidades. Estamos diante do desafio de garantir a continuidade e o aprimoramento do processo de participação e, mais ainda, a efetiva contribuição da sociedade na formulação das políticas públicas.” Contribuição da sociedade, participação, vontade popular... Mais que palavras, instrumentos de cidadania ignorados pelo poder municipal.
A Prefeitura agiu como se Ji-Paraná, que concentra cerca de 80% de sua população na área urbana, estivesse livre dos problemas advindos deste intenso e rápido processo de urbanização ou que soubesse, sozinha, diagnosticá-los e encontrar a solução para eles. Pobreza, violência, educação, saúde, habitação, moradia, saneamento básico, tratamento de esgoto, coleta de lixo, transporte público, iluminação pública, lazer, acessibilidade, regularização fundiária, graves problemas ambientais, ruas esburacadas... O ato da Prefeitura colabora para a perpetuação dos problemas urbanos e torna cada vez mais distante a concretização plena do Direito à Cidade.
Uma vez que fomos prejudicados pela Prefeitura, exigimos que a mesma repare este dano e providencie um outro espaço – já que não é mais possível participar das conferências estadual e nacional –, para o debate público dos desafios de nossa cidade, com ampla participação das organizações da sociedade civil, a fim de possibilitar a articulação de um Fórum da Cidade ou algo do tipo em nosso município.
Ji-Paraná, 19 de março de 2010.
Assinam:
Comissão Pastoral da Terra
Serviço Pastoral dos Migrantes – Ji-Paraná
Projeto Nova Cartografia Social da Amazônia
sexta-feira, 19 de março de 2010
'Povos em movimento pela cidadania universal’ será lema do IV FSMM
Após detectar diversos desafios relacionados ao tema migração em âmbito mundial, os Comitês, que fazem a organização do evento, chegaram a quatro eixos temáticos: Crises globais e fluxos migratórios; Direitos humanos e Migração; Diversidades, convivência e transformações sócio-culturais; Novas formas de escravidão, servidão e exploração humana. "Gênero, Etnicidade, Religiosidade, Interculturalidade, Geracional" são os eixos transversais.
A questão de gênero e migração também terá espaço nos debates do Fórum, pois as mulheres representam hoje grande parte da massa que migra em busca de melhores condições de vida e trabalho. Segundo informações da Secretaria do Grito Continental e do Conselho Internacional do Fórum Social Mundial das Migrações, a América Latina abriga cerca de 30 milhões de migrantes. Em alguns países, a população é constituída por 20% de migrantes, das quais 50% são mulheres.
Outro fenômeno que é recorrente, sobretudo no Brasil, e será abordado durante o Fórum é a questão das migrações temporárias. Por falta de oportunidades no país de origem, milhares de trabalhadores abandonam suas casas durante meses para atuar no corte da cana-de-açúcar, do eucalipto ou do algodão. Nos dias de hoje, o fenômeno figura de nova maneira e os trabalhadores já passam a sair de seu país para realizar serviços temporários.
O primeiro FSMM aconteceu em Porto Alegre, Brasil (2005). Na ocasião, o evento tratou das causas da migração e da ordem mundial que suscita desordem. O segundo (2006), teve espaço em Rivas, Madrid, e abordou como principais temas a cidadania universal e os direitos humanos. Em 2008, o Fórum tornou a acontecer em Rivas e abordou o endurecimento das políticas migratórios em todo o mundo.
Neste ano, as discussões sobre os deslocamentos dos povos, a crise mundial e a crise do capitalismo que gera transtornos sociais, financeiros, culturais, políticos e ambientais pretende contribuir com o Equador no que diz respeito à concretização dos avanços constitucionais e legislativos na questão da migração.
Mais informações sobre FSMM em http://www.fsmm2010.ec/
sexta-feira, 5 de março de 2010
Piauienses são enganados com "falso emprego" em Rondônia
Um grupo de 44 piauienses ficou sem comer ou ter onde dormir em Porto Velho/RO no final da última semana. Eles chegaram no dia 25 a capital de Rondônia com a promessa de emprego, mas souberam apenas lá de que não seriam mais necessários. Após venderem pertences e até fazerem empréstimos para viajar em busca de uma nova vida, todos tiveram de dormir na rodoviária da cidade, sem ter o que comer. A Justiça concedeu indenização a todos eles.
Fotos: SITCCERO
Um funcionário da empresa Consarg teria prometido os postos de trabalho aos piauienses na usina Jirau. Vindos de Luzilândia, norte do Estado, eles tiveram de ficar um dia na rodoviária. A presença de um grupo tão grande chamou a atenção da sociedade, e dois procuradores acompanharam o caso. A ajuda surgiu já na sexta-feira.
O Sindicato dos Trabalhadores na Indústria da Construção Civil no Estado de Rondônia - SITCCERO -, conseguiu comida e alojamento para os piauienses. Na última segunda-feira (1º), os trabalhadores conseguiram na Justiça uma idenização de R$ 1.500, além da passagem de volta. A decisão foi do Ministério Público do Trabalho e vale para 41 dos trabalhadores. Três conseguiram recursos e já retornaram para o Estado.
Segundo Anderson Machado, administrador do Sindicato, ficou combinado que os trabalhadores vão receber a passagem e a idenização às 10h (11h em Teresina) de quinta-feira. A viagem de volta fica a critério de cada um dos trabalhadores.
Sonho acabado
A ida foi cheia de esperanças, mas faltam até os R$ 430 para a passagem de volta para o Piauí, e o fim do pesadelo que dura uma semana. Cinco empresas até surgiram para dar emprego. Treze trabalhadores aceitaram inicialmente, mas hoje só seis querem ficar. "Estamos deixando eles bem a vontade para tomar essa decisão. A vida deles está em jogo", disse ao Cidadeverde.com Clébio Lobato, assessor executivo do sindicato, explicando que o mercado está em plena expansão na região.
"Eles vão querer maltratar a gente depois que procuramos o Ministério Público", disse Francisco das Chagas Teixeira em entrevista ao jornal Diário da Amazônia. Ele deixou esposa e sete filhos no Piauí por conta da promessa de emprego.